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Tratamento de Dependências e o Método Minnesota

 

Uma das áreas de formação de Rosalinda abarcou o treino e experiência em Tratamento de Dependências pelo Método Minnesota.

Uma problemática que, de uma maneira ou de outra, nos afeta a todos e que continua a espelhar práticas supostamente clínicas francamente conturbadas.

Mas há esperança. Se deseja e precisa de saber mais sobre esta matéria, não hesite em contactar.

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Aconselhamento em Dependências

 

 
É clínicamente conhecido que pessoas aditas, embora compartilham muito em comum, são substancialmente diferentes entre si e essas diferenças têm , indubitavelmente, muitas implicações no que concerne ao tratamento.
 
Porque o abuso de drogas e a dependência tem tantas dimensões, o processo de tratamento não é simples e geralmente incorpora diversos componentes. Além disso, o acompanhamento complementar deve ser feito para ajudar o indivíduo a manter um estilo de vida em recuperação e conseguir um funcionamento produtivo na família, no trabalho e na sociedade.
 
Apesar de ser tratar de um transtorno tão heterogeneo e de existirem diferentes abordagens de tratamento, o aconselhamento, aliado à psicoterapia, é um componente crucial e talvez o mais efectivo quando falamos de Adição, sendo das técnicas mais usadas no seu tratamento.

 

A sua grande diferença em relação à psicoterapia é o facto de se poder tornar tão directivo, com um foco na resolução de problemas actuais emergentes, relacionados com o uso de droga, ao invés de se concentrar na exploração dos processos intrapsíquicos.

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O Tratamento de Dependências
 
A falta de coordenação entre os recursos de ajuda na luta pelo tratamento para a Adição, acaba, muitas vezes, por desumanizar o que deveria ser um tratado científico, contínuo e claramente adaptado à realidade que inegavelmente nos rodeia.
 
Para além da escassa e insuficiente avaliação da efetividade e sucesso das intervenções.
 
A adição é uma doença complexa, fatal e incontrolável. A única forma de a tratar parte da abstinência. Mas tratar a adição é muito mais do que isso.
O tratamento de dependências terá, portanto, que se basear na crença do crescimento emocional e espiritual enquanto fonte de resiliência, na dignidade da pessoa enquanto força potenciadora de mudança e num conceito de recuperação contínuo, sem cura.
 
Todo o ser humano tem direito à procura de uma vida física, mental e espiritual saudável e feliz.
 
Recuperar é possível.
Conceito de ADIÇÃO

 

 

A ideia radicalmente nova é que a intervenção é directa sobre a doença enquanto processo primário.

 

Tal significa que ninguém «escolhe» ser adito. O doente não o é porque o quis ser, logo, não é responsável pela sua condição. No entanto, é responsável pela sua Recuperação.

 
 
CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO
O CID-10 (OMS, 1992) descreve dependência química como um conjunto de fenómenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos, no qual o uso de uma substância ou uma classe de substâncias alcança uma prioridade muito maior para um determinado indivíduo que outros comportamentos que antes tinham mais valor. Uma característica descritiva central da dependência química é, assim, o desejo (frequentemente forte, por vezes irresistível) de consumir substâncias psicoativas (medicamente prescritas ou não).
 
 
De uma forma geral, podemos afirmar que ao falarmos da Adicção falamos de uma doença primária e não de um sintoma latente, com evolução progressiva, de desenvolvimento contínuo e com consequências possivelmente adversas e até mortais. Implica a perda de controlo e a presença de pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos acerca de uma substância, objeto ou acontecimento. A permanência de um estado de negação sobre as evidências da doença torna-se, a dada altura, condição fatal.

 

Lembre-se que a Adição é uma doença que diz àquele que a tem que não a tem.
 
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O Método Minnesota

 

 

O Modelo Minnesota [M.M.] foi o primeiro de todos os modelos de tratamento da dependência química a assumir uma base estruturada nos preceitos dos Doze Passos e a fazer uso, paralelamente, de uma abordagem (e equipa) multidisciplinar.

 

Assenta resumidamente nos seguintes princípios gerais (Burns, 1995):

 

  • A dependência é uma doença primária;

  • É uma perturbação multifacetada e multidimensional;

  • O objectivo é tratar e não curar, pois falamos de uma condição crónica;

  • O seu programa de tratamento é baseado nos Doze Passos;

  • Procura que a comunidade terapêutica seja um espaço propolsionador de abertura, honestidade e reciprocidade de experiências;

  • Apresenta uma estrutura essencialmente didática, entre outras características, aplicável a todas as pessoas mas com um plano de tratamento específico para cada paciente.

 

 

Jerry Spicer, presidente da Hazelden (citado por Burns, 1995) resume então o M.M. como um modelo de tratamento a longo prazo e multidisciplinar, onde profissionais e pacientes colaboram conjuntamente na definição do seu tratamento que deverá ter por foco a mudança de estilo de vida e onde o processo de recuperação dependerá do suporte oferecido pelos sistemas naturais tais como a família, os amigos e os grupos de ajuda mútua.

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